17 de agosto de 2010

Gillette finda grupo, valoriza Kaká e busca Brasil

Neste ano, empresa pretende investir em esporte 60% da verba de marketing que possui no país

A Gillette já iniciou um processo de redirecionamento em seu plano de comunicação para o esporte. A redefinição de estratégia passa por uma mudança na linha Mach 3, que diminuirá a aposta no segmento. Esse contexto, alinhado ao movimento do mercado nacional, valorizarão o Brasil para a marca nos próximos meses.

Um exemplo disso é a situação do time Gillette Champions. A equipe de atletas que endossava os produtos Mach 3 era composta pelo tenista Roger Federer, o jogador de futebol Thierry Henry e o golfista Tiger Woods desde 2007, e no ano passado ganhou a companhia de Kaká. O grupo será desfeito, e o brasileiro será o único mantido pela linha.

Kaká, cujo contrato tem validade até dezembro, é o único dos quatro atletas que a Gillette tem intenção de manter para os próximos anos. A negociação de renovação, contudo, ainda não foi iniciada.

Além do foco no mercado brasileiro, a decisão passa pelo momento vivido pelos outros atletas. Tiger Woods se envolveu em um escândalo pessoal quando foi deflagrada uma crise em seu casamento por conta de traições. Por conta disso, a despeito de não ter rompido o acordo, a Gillette lançou um veto ao golfista em sua comunicação.

As situações de Federer e Henry são bem mais amenas. O suíço, outrora número 1 do mundo, perdeu a liderança do ranking para o espanhol Rafael Nadal e aparece atualmente no segundo posto. O francês trocou neste ano o Barcelona pelo New York Red Bulls.

O próprio Kaká, envolvido em polêmica por ter disputado a Copa do Mundo sem condições físicas ideais, também não vive um grande momento na carreira. Os planos para ele, no entanto, são diferentes do que a Gillette pretende para os outros.

“A linha vai buscar um perfil mais ligado à atração feminina. O Kaká é um dos champions da Gillette, e os outros contratos não serão renovados. Com ele, a ideia é continuar”, confirmou José Cirilo, diretor de marketing da Gillette. Nos sites oficiais de Federer e Woods, a marca ainda aparece entre os patrocinadores.

A prioridade ao brasileiro reflete um pouco da postura da Gillette no país. Neste ano, por exemplo, a empresa pretende investir em esporte 60% da verba de marketing que possui na região. Em âmbito mundial, a subsidiária é a que mais aposta nesse segmento.

A aposta da Gillette no esporte brasileiro, aliás, deve render outros rostos à marca. O técnico Mano Menezes e os jogadores Neymar e Paulo Henrique Ganso, que estiveram em evento da companhia nesta semana, foram contratados apenas para a apresentação. No entanto, a empresa já conversa com os estafes dos atletas sobre uma extensão.


 “Precisamos esperar outras definições antes disso. O Neymar está envolvido em outra negociação mais importante agora, que é a definição do futuro dele. Quando o cenário estiver mais claro, vamos conversar. Podemos ter o Neymar e o Ganso, um deles ou até outro jogador. Há outras caras dessa nova geração da seleção, como o Robinho, o André e o Pato, que joga muito”, encerrou Cirilo.

Fonte: Máquina do Esporte - http://www.maquinadoesporte.com.br/



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